Ao se fazer homem o filho de Deus, presenciou as forças opressoras do seu país, que lutavam por um reino que não era o que ele anunciava, conheceu as misérias do mundo como a fome, a sede, as tentações, o sofrimento, as limitações causadas pelas doenças físicas e espirituais, chorou, teve medo, sentiu o abandono na noite escura de sua crucifixão. Ao nos fazer irmãos somos convidados a viver como Jesus viveu, pois somos verdadeiramente humanos quando sentimos, pensamos e agimos como Jesus de Nazaré.
O Natal exige que nós façamos uma reflexão, sobre o nosso modo de vida, nossos valores, nosso testemunho. Estamos nós vivenciando os valores do evangelho e buscando semear a paz nas nossas atitudes cotidianas? Procuramos viver o Natal de forma sustentável resgatando o verdadeiro sentido dessa festa? Estamos escolhendo o caminho da vida ou da morte? Temos nos colocado como servos de Deus?
Essa reflexão se faz necessária, nesse tempo peculiar de esperança, onde as luzes e cores insistem em esconder a simplicidade em que nasceu Jesus. A manjedoura que acolheu o menino-Jesus era desprovida de qualquer brilho, pois Ele é a própria Luz.
O contexto simples e rural da chegada de Jesus nos convida a abrir nossos corações para contemplar o menino pobre que nasceu numa manjedora. Na condição de cristãos precisamos nos deixar contagiar pelo nascimento de Jesus, vivendo o Natal na mais inteira simplicidade. Despojados de todo e qualquer comportamento consumista, proporcionando o entendimento de que as pessoas valem o que são e não pelos bens que possuem.
Desarmemo-nos de toda atitude anti-cristã, que ferem os princípios da fraternidade, igualdade e justiça social.
É tempo de retirar todos os vestígios de tristeza, solidão, preconceito, fracasso e de todos os sentimentos contrários aos valores do Reino. Sejamos canal da paz e do amor que Ele trouxe ao mundo, sendo humildes como Maria, obedientes como José e acolhedores como os pastores.
A condição para participar do Natal é ter um coração simples. Bem Aventurados os pobres de coração porque herdarão o Reino dos Céus (Mt 5,3). Sem essa virtude não temos possibilidade de celebrar o Natal. Já não estamos sozinhos. Alegremo-nos! Deus veio até nós! Esse é o maior motivo para festejarmos. Que sua noite de Natal proporcione a renovação dos seus sentimentos e o seu amor possa incendiar os corações. Somente assim, poderemos amar uns aos outros como Jesus ensinou e fazer com que todos os dias sejam Natal.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Socorro Barros
Economista Doméstico
Conselheira Presidente do Conselho Regional de Economia Doméstica Norte e Nordeste (CRED I)
Especialista em Nutrição Materno Infantil
Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social de Apuiarés-CE
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